Lição 12: Do Norte e Sul à terra gloriosa
Verso para memorizar: “Alguns dos sábios cairão
para serem provados, purificados e embranquecidos, até ao tempo do fim, porque
se dará ainda no tempo determinado” (Dan. 11:35). Esse verso estudaremos na
parte de quarta-feira.
Introdução de sábado à tarde
Nesta semana estudaremos a sucessão de
guerras entre o Rei do Norte e o do Sul. Essa sucessão de conflitos se relata
na Bíblia desde os tempos de Daniel, tendo iniciado bem antes. O Reino do
Norte, governado inicialmente por Seleuco, dominava a partir da Síria. O outro,
Reino do Sul, foi de Ptolomeu, outro general de Alexandre, e dominava a partir
do Egito. O povo judeu, povo de DEUS, ficava no meio desses dois, e
ocorrendo guerra entre eles, os judeus pagavam a conta, eram saqueados de
víveres e de riquezas, quando não eram dominados por um ou por outro, pois
esses reis frequentemente queriam tomar a Palestina. Claro, era satanás
querendo destruir o povo de DEUS, querendo se livrar de JESUS no futuro, pois
havia uma profecia que JESUS seria rei descendente de Davi.
Mas tempos depois, como está escrito no capítulo 11
de Daniel, o Rei do Sul e o Rei do Norte não eram mais os Ptolomeus nem os
Selêucidas (também Ptolomaidas e Seleucos), e sim as expressões passaram a ser
aplicadas a outros impérios. O Rei do Sul caracterizou-se originalmente por
desafiar DEUS, pelo seu menosprezo a DEUS, nas palavras do faraó, quando disse:
“Quem é o Senhor, para que eu lhe obedeça e deixe Israel sair? Não conheço o
Senhor, e não deixarei Israel sair” (Êxodo 5:2). O faraó escravizou o povo
de DEUS, e nem mesmo após dez pragas severas quis deixá-los ir; foi atrás
quando marchavam em direção ao Mar Vermelho e se afogou com seu exército. Assim
os reinos que se caracterizam como Reino do Sul pela Bíblia, querem eliminar
a verdadeira adoração e o povo que segue fielmente a DEUS.
Resumindo: o Rei do Sul caracteriza-se pelo ateísmo
e o Rei do Norte pela falsidade de culto. Os dois combatem o povo de DEUS por estratégias
diferentes e estão vinculados a satanás. Enquanto o Rei do Norte está
interessado em ocupar o lugar de DEUS, usurpar Seu governo, desde Lúcifer; o
Rei do Sul simplesmente não se importa com DEUS, tem os seus próprios deuses.
O Rei do Sul, ateísmo, comunismo e socialismo,
jamais se levantará novamente como império no planeta. Talvez tente algo aqui e
ali, mas esse poder, profeticamente falando, está fora de combate. Quem ainda
alimenta esperança nessas ideologias, desista porque o tempo dessas ideologias
passou. A tendência atual é a exasperação do conflito religioso entre o Rei
do Norte (ICAR) e seus aliados, com o povo de DEUS e com DEUS.
Os estudos abaixo são baseados principalmente nos
textos: “O Tempo do Fim” – por Jeff Pippenger (tem na internet); também em
“Revelações de Daniel 10 e 11- O Retorno do Poderio Papal”, por Dr. Samuel
Ramos; Willow Ridge; Dr. Glen Allen; “Uma Nova Era Segundo as Profecias de
Daniel” de C. Mervyn Maxwell, e também em outras fontes.
1. Primeiro dia: Profecias sobre a
Pérsia e a Grécia [Dan.
11:1-4]
Nesta semana não iremos transcrever os versos
bíblicos que serão a base do estudo, para não ficar ainda mais longo. Portanto,
pode deixar a sua Bíblia aberta nos respectivos versos, conforme menciona nos
títulos de cada dia. Faremos uma síntese verso por verso.
No verso 1, o anjo assistiu a Dario, rei da
Pérsia, que se tornou grande amigo de Daniel e de seu povo, emitiu o segundo
decreto para reconstruir o altar e o Templo, foi o rei que confirmou o decreto
de Ciro.
No verso 2, os três reis vêm após o rei
Ciro, que emitiu o primeiro decreto de reconstrução de Jerusalém. O estudo do
verso 2 é bastante simples: é a lista dos reis persas, de Ciro até Artaxerxes
I. Vejamos a lista pela ordem cronológica, pois em Esdras eles não aparecem
nessa ordem. Há muitos reis mais, mas esses são os principais.
Ciro, que começou a reinar em 539 a.C. Foi esse que comandou o
secamento do rio Eufrates, entrou por baixo do muro de Babilônia e surpreendeu
Belsazar no meio da festa pedindo favores a Daniel, mas foi morto por Ciro.
Esse também emitiu o primeiro decreto de retorno do povo a Jerusalém, em 538
a.C. (II Crôn. 36:22 e 23; Esd., 1:1 a 4; 5:13, 17; 6:3 e 14), especialmente
para a reconstrução do Templo.
Ciro II, o Grande (539 – 530 a.C.) Sabe-se pouco
sobre esse rei, as datas de seu reinado são estranhas, o verso 2 parece que o
deixou fora de sua lista).
Cambises II (530 – 522 a.C.) Esse mau rei emitiu um
decreto proibindo a continuidade da restauração do templo e de Jerusalém (Esd
4:17-22), porque forte oposição reclamou-lhe da restauração da cidade rebelde.
Enquanto Ciro foi lembrado por sua generosidade para com seus inimigos,
Cambises foi lembrado como um tirano. Dizia-se que era um homem de temperamento
explosivo. Segundo Heródoto, Cambises teria tido um acesso de fúria contra sua
irmã grávida, e a teria matado por espancamento e, logo após ter feito isso,
deixou o cargo de rei e quem passou a governar foi Dario, (depois de Esmérdis),
e foi um dos melhores reis da Pérsia. Cambises reinou só por 8 anos, e já foi
muito.
Um usurpador chamado Esmérdis (Gaumata), que se
nomeava Nabucodonosor IV, supostamente um mago, que ocupou o trono apenas sete
ou dez meses, depende do autor. Autores há que creditam a ele a ordem de parar
a reconstrução do templo, não a Cambises. Enfim, foi um desses dois. Dario
derrotou esse usurpador em 522 a.C., que quase acabou com o Império Persa.
Dario I (522 – 486 a.C.), foi um dos maiores generais da
antiguidade, organizou o império, dividindo-o em 120 províncias (satrapias),
colocando sátrapas para governá-las. Organizou um novo sistema monetário
unificado, e fez do aramaico o idioma oficial do império. Daniel trabalhou para
Dario como um dos três presidentes sobre os sátrapas, e já era muito velho, e
em seus dias foi jogado na cova dos leões. Este emitiu o segundo decreto,
derrubando o contra decreto de Cambises, ou de Esmérdis. Logo após a morte
de Esmérdis, derrotado por Dario, ele assumiu o trono, os judeus retomaram seu
trabalho, acreditando que o édito de Esmérdis seria agora nulo e vazio, pois Dario
estava em conhecida harmonia com a política religiosa de Ciro. Os inimigos
dos judeus não perderam tempo em trazer o assunto sob o conhecimento de Dario,
que fez com que fosse feita uma busca pelo decreto de Ciro. Não foi encontrado
em Babilônia, mas em Acmeta (Ed 6:2); e Dario emitiu imediatamente um novo
decreto, confirmando o anterior de Ciro, isso foi em 519 a.C. (Esdras, 6:1,8 a
11), dando aos judeus plena liberdade para continuar seu trabalho, exigindo ao
mesmo tempo o sátrapa sírio e seus subordinados para dar-lhes toda a ajuda
necessária. Aconteceu o contrário do que os inimigos do povo de DEUS
queriam, e tiveram que colaborar. Durante seu reinado de 36 anos os judeus
desfrutaram de muita paz e prosperidade. Ele foi sucedido por Assuero,
conhecido pelos gregos como Xerxes. Leia mais sobre Dario.
- Xerxes I (485 – 465 a.C.) também conhecido por Assuero, que se casou com Ester, e foi ele que, enganado por Hamã, quase mandou matar todos os judeus que ainda restavam na Medo-Pérsia. Esse rei foi extremamente rico, como diz o verso. Alguns dos reis acima no verso 2 foram omitidos.
- Artaxerxes I (465 – 424 a.C.) Esse emitiu o terceiro decreto, em 457 a.C. (Esd., 6:14; 7:6 a 26), que serviu para marcar o início dos 2.300 anos bem como para concluir a reconstrução dos muros da cidade de Jerusalém. No estudo da quarta-feira veremos sobre esse decreto.
- Dario II (423 – 404 a.C.)
- Artaxerxes II (404 – 358a.C.)
- Artaxerxes III (358 – 335 a.C.)
- Dario III (335 – 333 a.C.) Esse perdeu a guerra para Alexandre na Batalha de Issus que ocorreu em 333 a.C., próximo à cidade de Isso, na Ásia Menor, na qual o rei macedônio Alexandre o Grande, venceu Dario III, rei dos persas, e isso foi o fim do Império Medo-Persa. Consta que Dario III possuía 600 mil soldados e Alexandre pouco mais de 40 mil. O resultado da guerra foi a capacidade de estratégia de Alexandre, e certamente o desígnio de DEUS.
O verso 3 refere-se à Grécia, de
Alexandre, o Grande, que com 40 mil homens derrotou a Pérsia com 600 mil,
capturou Babilônia, Susã, Persépolis e invadiu a Índia. A derrota dos Persas
foi nas batalhas de Granico 335 a.C.; Issus 333 a.C.; Arbela 331 a.C.
O verso 4 trata da repartição do Império
de Alexandre após a sua morte. Aos 33 anos Alexandre morre, e seu império não
vai a descendente seu, mas a 4 generais seus, que após a sua morte mataram as
esposas e os filhos dele. Não restando ninguém da família, o império passou
para: Seleuco (norte: Síria), Ptolomeu (sul: Egito), mais Lisímaco e Cassandro,
que receberam outras partes, em 301 a.C. Foi o tempo da helenização (cultura e
crenças pagãs dos gregos) do mundo, cercando o povo de DEUS com o poder da
filosofia pagã grega, que mais tarde se tornou na tradição da ICAR (Igreja
Católica Apostólica Romana). Amanhã estudaremos sobre a Síria (Império do
Norte) e o Egito (Império do Sul).
- Segunda: Profecias sobre a Síria e o Egito [Dan. 11:5-14]
Os versos 5 a 14 relatam as lutas entre o Rei do
Norte, representado pela Síria, e o Rei do Sul, o Egito, durante os próximos
100 anos. A Síria era governada pelos Selêucidas e o Egito pelos
Ptolomeus e os respectivos descendentes. A história deste período é em
grande parte uma luta pela posse da Palestina. Os Ptolomeus possuíram a
Palestina na primeira parte do período (Dan. 11:5), contra os Selêucidas.
Essa divisão de Rei do Sul e Rei do Norte ocorreu
por causa da fragmentação do Império Grego após a morte de Alexandre. Esses
dois reis lutavam entre si pelo domínio da Terra, mas nunca conseguiram se
estabelecer em definitivo, nem um destruir o outro. Em suas lutas, como Israel
ficava no meio, ou procuravam dominar o povo de DEUS, ou o exploravam saqueando
víveres e outras riquezas. Os israelitas praticamente trabalhavam para esses
reinos fazerem as suas guerras.
Verso 5: Egito, da dinastia de Ptolomeu
Lagus, governou o Reino do Sul por 40 anos, e o levou a extraordinária riqueza
e grandeza.
Verso 6: Houve uma aliança entre o Rei do
Sul e o Rei do Norte, na segunda geração. A filha do Rei do Sul, Ptolomeu II Filadelfo,
Berenice, casou com Antioco II Theos, Rei do Norte. Para esse casamento Antíoco
teve que se divorciar-se de Laodice e deserdar seus dois filhos. Mas depois de
Ptolomeu morrer, Antíoco, com saudades de Laodice, a trouxe de volta, e ela
mandou matar Berenice e seu filho.
Verso 7: O irmão de Berenice, Ptolomeu
Euergetes, foi resgatar a irmã, mas veio tarde, então vingou a morte da irmã
matando Laodice.
Verso 8: Ptolomeu Euergetes pilhou o
reino Seleuco, levou 40 mil talentos em prata, duas mil imagens dos deuses
egípcios que Dario e Cambises haviam levado para a Pérsia, e muito mais. Então,
até morrer, não fez mais guerra contra o norte.
Verso 9: Ptolomeu (sul) foi até ao reino
Seleuco do norte, para invadir a Síria, mas desistiu, e voltou.
Verso 10: Os dois filhos de Seleuco II
(norte), Seleuco III Ceranus Soter (morreu envenenado) e Antíoco III atacaram o
Rei do Sul e Antíoco III (um deles) arrasou e recuperou a Síria (parte do
império selêucida), voltou ao Egito e venceu o general Nicolau.
Verso 11: Ptolomeu IV Filepater (sul),
sucessor de Euergetes, com grande exército de muitas nações, na batalha de
Ráfia, derrotou Antíoco III, em 217 a.C., na Palestina.
Verso 12: Ptolomeu III, depois de derrotar
Antíoco III, foi oferecer sacrifícios em Jerusalém, e quis entrar no lugar
santo do templo, mas não foi permitido, pelo que perseguiu os judeus e matou 60
mil deles. Depois viveu uma vida devassa, com farras, morrendo aos 37 anos.
Verso 13: O filho de Ptolomeu III,
Ptolomeu Epifânio, tinha só 4 anos. Antíoco III, muito rico, reuniu grande
exército de vários povos, e atacou o Egito, conquistando a Judeia, a Fenícia, a
Cele-Síria, toda Ásia menor e bateu os partos.
Verso 14: No versículo 14, vemos o tema
principal de todo o Daniel 11 na frase: “prevaricadores do teu povo.”
Este versículo afirma que “prevaricadores” se levantarão para “confirmar a
visão”. Urias Smith chama a atenção para esta frase no versículo 14 com a
seguinte observação: “Para confirmar a profecia, os romanos são, mais do que
qualquer outro povo, tema da profecia de Daniel. A sua primeira intervenção nos
assuntos destes reinos é mencionada aqui como o estabelecimento ou confirmação
da verdade da visão que predizia a aparição de uma tal potência” (Daniel and
Revelation, 244).
“Os prevaricadores (Roma) do teu povo (povo de
DEUS) se levantarão para confirmar (selar) a visão” (Dan.11:14). O jovem
rei do Egito Ptolomeu V, Epifanes, estava neste tempo sob a tutela de Roma, e
isto abriu uma oportunidade para que a República nascente, Roma, pudesse se
intrometer nos negócios do oriente. Depois disto, Roma propôs não mais se
retirar até que todos lhe estivessem sujeitos. A profecia das 70 semanas
de Daniel 9:24, deveria “selar a visão e a profecia.” Isto é confirmado
em Daniel 11:14 quando Roma Imperial entra em cena para selar e confirmar a
profecia das 70 semanas através da morte de JESUS, “na metade” da septuagésima
semana. Roma devia assim cumprir a parte que lhe cabia na fixação da
visão, mas ela mesma devia cair, como os demais impérios de satanás.
Este verso trata também da transição do Império
Grego para o Romano. Importante, a filosofia pagã grega continuou em Roma.
Antíoco III (norte) sofreu duas derrotas de exércitos romanos, a segunda, em
190 a.C. Os romanos sabendo que Antíoco III fez aliança com Felipe da
Macedônia, contra Ptolomeu V do Egito (esses três eram jovens, entre 17 e 23
anos), temeram o surgimento de uma nova superpotência no Oriente Médio e
advertiram a Antíoco III e Felipe a permanecerem fora do Egito.
- Terça: Roma e o Príncipe da aliança [Dan. 11:15-28]
Continuemos o estudo, verso por verso de Daniel 11.
Para entender, continue antes a ler os respectivos versos na Bíblia. Se não
fizer assim, poderá ficar confuso.
Verso 15: Mas Antíoco III (norte) se refaz
das derrotas, apesar de avisado por Roma para não atacar o Egito, ignora o
aviso. Ele toma Gaza (201 a.C.) e a Palestina. Antíoco IV ataca o Egito (Sul) e
vence na batalha de Pelusio (169 a.C.), e os Ptolomeus nunca mais retomaram
essa terra.
Verso 16: Pompeu, Roma, agora se tornou
de vez o Rei do Norte. No verso 15 e 16 Roma se torna o Rei do Norte
após dominar os Selêucidas (Ásia Menor e Síria) e então penetra na Palestina “a
terra gloriosa” (verso 16); em 63 a.C. Roma tomou Jerusalém e permaneceu na
terra gloriosa, conservando-a toda na mão.
Verso 17: Ptolomeu Auletes (Sul) morreu,
deixou o trono para a sua filha Cleópatra e seu irmão Ptolomeu XII (10 anos),
que deveria casar. Cleópatra, no entanto, foi entregue a Júlio César, que teve
uma estranha paixão por ela, e que causou sua ruína em bebedeiras e festanças,
e morreu. Então Cleópatra se juntou com Marco Antônio e dominou o Egito.
Verso 18: Júlio César (ainda antes de
morrer) passou a conquistar as ilhas do Mediterrâneo e o norte da África, e
dizia “Vim, vi e venci”. Mas Brutus, que fingia ser amigo de Júlio César,
conspirava contra ele.
Verso 19: Júlio César dominou o último dos
Ptolomeus egípcios, voltou para Roma, onde foi feito ditador vitalício, mas em
44 a.C. foi morto por senadores, seus amigos íntimos, chefiados por Cássio e
Brutus, diante da estátua de Pompeu.
Verso 20: César Augusto substitui Júlio
César em 44 a.C., e faz um recenseamento na Palestina (Lucas 2:1), reinou até
14 d.C. morrendo aos 76 anos. Ele foi feito “Sumo Pontífice”, ele era
o imperador quando JESUS nasceu. Foi o tempo da ‘Pax Romana’.
Verso 21: O homem vil é Tibério César (14
a 37) que subiu ao trono aos 56 anos no lugar de César Augusto, até aos 78
anos, foi cruel e monstro. Em seu tempo JESUS foi ungido, pregou e foi morto.
Tibério 14 d.C. – 37 d.C., não era o herdeiro natural do trono porque não era
filho de César Augusto, ele foi adotado.
Verso 22: Nos dias de Tibério César, Roma
dominava tudo, JESUS foi ungido, pregou e foi morto, um tempo de paz política
no mundo imposta pela força imperial romana, a “Paz Romana”, tempo em que JESUS
esteve na Terra. No final haverá a ‘paz e segurança’.
Daniel 9:26 continua dizendo que o “povo do
príncipe [romano] que virá destruirá a cidade [Jerusalém] e o santuário
[Templo], e o seu fim será como uma inundação.” O príncipe de Roma e seus
exércitos destruíram a cidade e o santuário (general Tito em 70 d.C.).
Verso 23: Roma usa de enganos, fez aliança
com os líderes judeus, mas os judeus não se libertam de Roma. A morte de JESUS
resultou da união do Seu povo com os Romanos. “Disse-lhes Pilatos: Hei de
crucificar o vosso Rei? Responderam os principais dos sacerdotes: Não temos
rei, senão César” (João 19:15). O povo escolhido de DEUS escolheu
outro “príncipe”, escolheram o príncipe de Roma (Rei do Norte).
Verso 24: Os romanos se fizeram protetores
dos povos pobres e fracos, das terras férteis da África até a Inglaterra, da
Espanha até a Palestina. Governaram de modo diferente que seus pais e
antepassados, pela paz romana, conquistavam novos territórios por meios
pacíficos, fizeram isso por certo tempo, 360 anos, de 31 a.C. até 331 d.C.
Constantino entrou pacificamente na igreja,
portanto fez o que nenhum outro imperador tinha feito antes dele. No ano 325 d.C. ele
convocou o primeiro Concílio Ecumênico da igreja em Niceia. Ele “repartiu
entre eles a presa e a riqueza”; magnificentes igrejas e Catedrais foram
construídas e adornadas com imagens e quadros emprestados dos templos pagãos.
Ele preparou o caminho para o surgimento do papado.
Entra em cena o poder papal.
Verso 25: O Rei do Sul, ainda o Egito,
estava dominado pelo Islã, lutando contra o sistema papal. O Império Romano
Ocidental já caiu, mas ainda existia o Império Romano Oriental. Parece
evidente que aqui entra o sistema papal como um poder (Rei do Norte) capaz de fazer
guerra usando as cruzadas contra o Islã. O Islamismo continuou avançando
pelo norte da África até o ano 690, tomando inteiro controle do Reino do
Sul. Tendo conquistado o norte da África o Islamismo marchou em direção à
Europa, entrando nas regiões da Espanha. “Por um certo tempo”
Constantinopla foi uma “fortaleza” bloqueando os avanços do Islamismo sobre a
Europa, mas não subsistiu. Quando caiu nas mãos do Império Turco, em 453,
começaram as viagens pelo Atlântico e os descobrimentos.
Verso 26: “E os que comerem os seus
manjares [as comunidades cristãs dominadas pelo Islamismo] o quebrantarão
[sucesso papal sobre o Islamismo somente na primeira cruzada]; e o exército
dele [Islamismo] se derramará e cairão muitos traspassados.”
Verso 27: “Também estes dois reis [Rei do
Norte, o papado, e os demais reis envolvidos nas cruzadas terão o coração
atento para fazerem o mal, e a uma mesma mesa falarão a mentira; ela, porém,
não prosperará, porque o fim há de ser no tempo determinado [queda de
Constantinopla].” “Os ‘dois reis’ que ‘se empenham em fazer o mal e a uma só
mesa falarão mentiras’ mas sem prosperar, representam a perfídia e a hipocrisia
que tão bem caracterizaram a experiência das cruzadas. Os historiadores chamam
a atenção para a mútua desconfiança entre os aliados de ambos os lados,
especialmente do lado cristão.”
Verso 28: Um dos efeitos principais das
cruzadas geralmente citados pelos historiadores é a sua influência no aumento
da riqueza e do comércio na Europa. A maior parte das ordens e fileiras
foram mortas, mas os cavaleiros e nobres que voltaram com as suas comitivas
chegaram com sedas e veludos, tintas e armaduras metálicas e desejos e
concepções de luxúria. “Este novo comércio teve uma influência muito importante
em levar o ocidente a permanentes relações com o oriente. Os produtos orientais
da Índia e outros lugares, eram trazidos pelos maometanos do leste para as
cidades comerciais da Palestina e da Síria; daí, através dos comerciantes
italianos, eles encontravam o seu destino na França e Alemanha, sugerindo
ideias de luxúria até então pouco sonhadas pelos francos ainda meio bárbaros.
Durante os séculos XII e XIII cidades se desenvolveram rapidamente na
Europa.” A igreja deste período foi uma organização poderosa e rica.
Depois das cruzadas contra os muçulmanos, Roma Papal iniciou as cruzadas contra
o Santo Concerto, o povo de DEUS.
- Quarta: O próximo poder [Dan. 11:29-39]
É sábio e coerente interpretarmos Daniel 11:29-45
como sendo uma descrição detalhada das ações do Papado na sua última investida
contra o Rei do Sul (o Ateísmo da URSS), e contra o Santo Concerto (o povo
remanescente de DEUS, especialmente por perseguição e pelo decreto dominical,
coisa ainda no futuro), conforme foram reveladas por DEUS a Ellen G. White na
visão do Grande Conflito.
Versos 29 e 30: “No tempo determinado (Roma
Papal) tornará a vir contra o sul (o ateísmo); mas não será na última vez como
foi na primeira [as cruzadas foram um vexame, um capítulo vergonhoso na
história do papado, e não menos vergonhosa foi a derrota que Roma Papal sofreu
frente ao ateísmo manifestado na Revolução Francesa, que resultou no prisão do
Papa Pio VI em 1798]. Porque virão contra ele [Rei do Sul ateu da URSS]
navios de Quitim [EUA de Ronald Reagan], que lhe causarão tristeza [o Rei do
Sul será desmantelado sem guerra, a URSS se fragmenta]; e (Roma Papal) voltará
e se indignará contra o Santo Concerto (o remanescente de DEUS – IASD) e fará
como lhe apraz (uma autoridade mundial que ninguém questiona); e ainda voltará
e atenderá aos que tiverem desamparado o Santo Concerto (Roma Papal apoia os
seus aliados, igrejas que seguem a ICAR).”
Uma explicação a tempo, para melhor compreensão do
capítulo 11 de Daniel. A profecia de Daniel 11 tem uma característica marcante
que é a notável transição de um poder para outro usando o mesmo símbolo: Rei do
Sul de Rei do Norte. Por exemplo:
• No início do capítulo (versos 5-13) o Rei do
Norte é Seleuco (a Síria) e a sua dinastia, os Selêucidas; e o Rei do Sul é
Ptolomeu (o Egito) e a sua dinastia, os Ptolomeus. E a história deste
período é em grande parte uma luta pela posse da Palestina. Os Ptolomeus
possuíram a Palestina na primeira parte do período, e depois os Selêucidas a
possuíram. Mais tarde a Palestina caiu nas mãos de Roma.
• No verso
15 e 16 Roma se torna o Rei do Norte após dominar os Selêucidas (Ásia Menor
e Síria em 168 a.C.) e então penetra na Palestina “a terra gloriosa” (verso
16). Em 63 a.C. Roma tomou Jerusalém e permaneceu na terra gloriosa,
conservando-a toda na mão. O Rei do Sul continuou sendo o Egito.
E depois de Constantino Roma Papal se torna
gradativamente o Rei do Norte, e o Egito, dominado pelos muçulmanos continua
sendo o Rei do Sul. A religião Muçulmana é um tipo de ateísmo. Na
Revolução Francesa o papado foi derrubado pelo ateísmo representado pelo
Iluminismo.
Dos versos 30 a 36 ocorre a definitiva transição do
Império Romano pagão ao Império Romano cristão, um império diferente, antes
civil, agora religioso, como sendo o Rei do Norte, e assim permanecerá até o
final.
Verso 31: “E sairão a ele (Roma Papal) uns
braços (os braços do poder civil) que profanarão o santuário (santuário
celestial) e a fortaleza, e tirarão o contínuo sacrifício (a tentativa papal em
destruir a doutrina da intercessão contínua de JESUS no Céu) estabelecendo a
abominação desoladora (a abominação desoladora dos últimos dias é o decreto
dominical e a confissão a sacerdotes humanos, igualmente pecadores).”
Que braços são esses que saem de Roma Papal?
Ellen G. White declara:
“A Igreja apelará para o braço forte do poder
civil, e nesta obra unir-se-ão romanistas e protestantes. Ao tornar-se o
movimento em prol da imposição do domingo mais audaz e decidido, invocar-se-á a
lei contra os observadores dos mandamentos” (Ellen G. White, O Grande Conflito,
607).
A profanação do Santuário aqui se refere ao
Santuário Celestial, e à obra Mediadora de CRISTO no Céu; a “abominação
desoladora” dos últimos dias está ligada ao Decreto Dominical, sendo pois um
ataque direto ao Santíssimo do Santuário onde está a Arca da Aliança, e os Dez
Mandamentos (Apoc. 11:19). A Lei de DEUS representa o Seu próprio
Caráter. Rejeitar o Sábado é o mesmo que rejeitar a soberania de DEUS.
Com certeza, o Decreto Dominical será a maior de todas as abominações da Terra.
Também se inclui aqui a substituição de JESUS por homens para perdoar.
Verso 32: “E aos violadores do concerto
ele [todos os que se unem ao poder papal nesta abominação] com lisonjas
(adulações e recompensas) perverterá, mas o povo que conhece ao seu DEUS [o
remanescente] se esforçará e fará proezas.”
“A alguns se oferecerão posições de influência e
outras recompensas e vantagens, como engodo para renunciarem a sua fé. Mas sua
perseverante resposta será: ‘Mostrai-nos pela Palavra de DEUS o nosso erro’ a
mesma que foi apresentada por Lutero sob idênticas circunstâncias. Os que forem
citados perante os tribunais, defenderão desassombradamente a verdade, e alguns
que os ouvirem serão levados a decidir-se a guardar todos os mandamentos de
DEUS. Assim a luz chegará a milhares que de outra maneira nada saberiam
destas verdades” (Ellen G. White, O Grande Conflito, 607).
Verso 33: O povo de DEUS continua firme,
mantendo a fé e ensinando, durante os 1260 anos, no tempo da perseguição,
inquisição e suas duras e trágicas realidades.
Verso 34: Os hereges fugiam para as
montanhas, depois alguns países se tornaram protestantes e os ampararam. Mas
muitos reis se aliavam a Roma Papal com astutos interesses, procurando por meio
de benefícios levar os seguidores da Bíblia a mudar sua posição.
Por que a profecia diz que eles serão ajudados com
“pequeno socorro?” Porque o socorro divino, que virá em auxílio do povo
de DEUS nesse período de angústia, e o que antecede o fechamento da porta da
graça, ainda não será um livramento total, pois na Idade Média e no tempo do
fim muitos ainda morrerão como mártires.
Verso 35: Alguns fiéis servos de DEUS
foram punidos pela Inquisição, isso durou até 1798, o início do tempo do fim. O
tempo do fim inicia no término dos 1260 anos.
Verso 36: “E este rei [Roma Papal] fará
conforme a sua vontade; e se levantará, e se engrandecerá sobre todo o DEUS
[será adorado como DEUS em toda terra e por todas as religiões], e contra o
DEUS dos deuses falará coisas maravilhosas, [essa é a blasfêmia papal de se
declarar DEUS na Terra e fazer uso das prerrogativas divinas] e será próspero
[será tão bem-sucedido que todas as nações da Terra adorarão a besta], até que
a ira se complete [a ira de DEUS]; porque aquilo que está determinado será
feito [o que está determinado é a destruição final da besta (Rei do Norte)
prevista em Apoc. 17:16; 18:8; e Dan. 11:45].”
Este rei é Roma Papal. Descreve a típica ação
dos papas no uso do poder imperial que herdaram do Império Romano, em especial,
do sistema de “Paz Romana”; esse é o modelo que pretende restaurar no final,
com a “Paz e Segurança” (I Tess. 5:3).
Os termos usados em Daniel 11:36 são os mesmos
usados pelo apóstolo Paulo em II Tess. 2:3, 4 quando ele descreve o
Papado. Ellen G. White diz: “O Papado é exatamente o que a profecia
declarou que havia de ser: a apostasia dos últimos tempos (II Tess. 2:3 e 4).”
(O Grande Conflito, 576)
“Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não
acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da
iniquidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se
chama DEUS ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de DEUS,
ostentando-se como se fosse o próprio DEUS” (II Tess. 2:3-4). As cenas
descritas no verso 36 correspondem às cenas de Apocalipse 13:4-6.
Verso 37: O Papa João Paulo II afirmou que
a Igreja Católica é a única Igreja existente no mundo, todas as demais
(mulheres) são apenas comunidades religiosas, não igrejas. Afirmou
mais ainda, que a Igreja Católica é a única que tem o poder salvífico, e que se
existe salvação em alguma das comunidades religiosas é porque receberam esse
poder da Igreja Mãe. O Papa, desta forma, não respeita e não
reconhece nenhuma outra Igreja. João Paulo II somente ratificou o que já
tinha sido dito no Concílio de Trento. No artigo 14 do Credo do Papa Pio
IV, que é um resumo do Credo do Concílio de Trento, declara que a “fé
Católica é a única verdadeira, e fora dela ninguém pode ser salvo” (Loraine
Boettner, Roman Catholicism, 407).
Verso 38: O deus do governo dos Estados
Unidos não é o DEUS da Bíblia. O deus que é mencionado no dólar: “Em DEUS
nós confiamos” também não é o DEUS da Bíblia. Os Estados Unidos da
América do Norte desde o seu início teve um governo cujo deus era o da
Maçonaria. Ao mesmo tempo em que o Papado se recusa a respeitar e
reconhecer outras igrejas e outros deuses, ele honra ao “deus do governo,” isto
é, o Papado honra o “deus” que lhe é conveniente, o “deus que lhe dará força e
poder,” este é o deus do poder civil. Em 533 e 538 o Papado recebeu
através do imperador sua força e autoridade, o deus do poder civil, fortaleza
política. A Supremacia Papal da Idade Média começou em 538 quando os
Ostrogodos abandonaram Roma, e o bispo de Roma, livre do controle Ariano,
estava pronto para exercer as prerrogativas do decreto de Justiniano feito no
ano 533.
A história vai se repetir, porque novamente os
braços fortes do poder civil dos Estados Unidos serão o “deus das fortalezas”
ao qual o Papado honrará com as suas riquezas, com ouro, prata, e pedras
preciosas. É uma troca de favores. Honrará a um deus que os seus
antepassados não conheceram. “A igreja apelará para o braço forte do
poder civil, e nesta obra unir-se-ão romanistas e protestantes. … invocar-se-á
a lei contra os observadores dos mandamentos. Serão ameaçados com multas
e prisão” (O Grande Conflito, 607).
Verso 39: Roma Papal, buscará uma
aproximação com o Protestantismo Apóstata, com a ajuda do “deus estranho” do
poder civil dos Estados Unidos da América do Norte. No século XVI a
Reforma Protestante tinha o hino “Castelo Forte” composto por Lutero como sua marcha
de vitória, por isso aqui na profecia o Protestantismo Apóstata está
identificado como “castelos fortes.”
A união de Roma Papal com o governo Americano e com
o Protestantismo será uma união regada com honras, prêmios, e poder. O papado
“multiplicará a honra” daqueles que lhe reconhecem o poder, e “os fará reinar
sobre muitos e repartirá a terra por preço”.
- Quinta: Eventos finais [Dan. 11:40-45]
Os versos 40 a 45 abarcam as cenas finais da
história, cenas do tempo do fim, de 1798 ao Armagedom. O Rei do Norte (ICAR) em
Daniel 11:40-45, no final de sua campanha, também submeteria a três entidades
antes do tomar o controle: a URSS, os EUA e o mundo inteiro, assim como foram
arrancados três chifres no início de seu poder.
Verso 40: Rei do Sul, agora a França revolucionária
e ateia (deusa da razão), por meio de Berthier ataca Roma Papal e leva o papa
ao exílio, onde morre. Mais tarde, na sequência das lutas, o Rei do Sul passa a
ser a URSS, comunista, nisso sucessora da França [ateísmo e materialismo], e
contra qualquer religião (ópio do povo), que com o poder das armas toma vários
países, mas, o Rei do Norte, Roma Papal, por meio de João Paulo II, aliado com
os EUA (como Clodoveu da França que apoiou a ICAR contra os 3 povos bárbaros
até 538), e o poder de seu exército e o sindicato Solidariedade na Polônia,
derrubam a URSS. Houve a aliança entre João Paulo II e Ronald Reagan presidente
dos EUA.
A revista Time de 24 de fevereiro de 1992, publicou
uma declaração de Reagan onde ele diz: “um dos primeiros alvos como Presidente
foi reconhecer o Vaticano como um Estado e fazer dele um aliado.” Com a
insistência do Vaticano, após o colapso do Comunismo, a Rússia mudou sua
constituição para “fazer do Catolicismo a religião do Estado. … ‘Antes, o
povo estava com medo do partido. Agora o povo está com medo da Igreja, ’
disse um crítico” (Chicago Tribune, 26 de abril, 1991).
Mesmo os países ateus e pagãos, cujas religiões não
reconhecem o DEUS de Abraão como o Todo Poderoso DEUS, (Confucionismo, Budismo,
Hinduísmo, Xintoísmo, etc.), finalmente se prostrarão diante do papado, “e
entrará nas terras e as inundará” (Dan.11:40 u.p.). “E adoraram-na [a besta, ou
Rei do Norte] todos os que habitam sobre a Terra, esses cujos nomes não estão
inscritos no Livro da Vida do Cordeiro” (Apoc.13:8).
Para o início da Igreja Católica, o chifre pequeno
de Roma Pagã teria que conquistar o sul, o oriente e a terra gloriosa. Ver
Daniel 8:9. Roma Papal haveria de desarraigar os três chifres – os Vândalos, os
Godos e os Hérulos. Para o final dos tempos, e antes da ferida mortal ser
sarada, que impede o papado de exercer o seu poder civil sobre o mundo, este
também tem que subjugar a três potências: a URSS (ateísmo), os EUA e sua
Constituição republicana e democrática, e o mundo inteiro (tipicamente o
arrogante Egito antigo, – as águas do mundo que apoiarão a ICAR (Apoc. 17:15),
mas que se revoltarão contra ela durante a sétima praga (Apoc. 16:12; 17:15-17;
18:6), antes disso os EUA falarão (legislarão editando leis contra os servos de
DEUS, como leis de perseguição e o decreto dominical) como fez o dragão
(tipicamente o Império Romano Pagão).
Verso 41: O Rei do Norte, Roma Papal,
agora conquista os EUA, a moderna terra gloriosa (tríplice aliança), sede da
IASD, por aliança profana para impor o domingo (símbolo do poder papal) sobre o
mundo. Muitos sucumbirão, é a sacudidura. Edom, Moabe e Amom simbolizam os
atuais povos contra o povo de DEUS, mas deles muitos escaparão para se unir a
JESUS pelo Alto Clamor.
No tempo do fim a “terra gloriosa” não mais é uma
referência à Palestina, mas sim à Igreja Remanescente de DEUS espalhada pelo
mundo, e em essência os EUA, onde fica a sede da IASD. O Dragão, Satanás
fará guerra aos “que guardam os mandamentos de DEUS e tem o testemunho de
JESUS” (Apoc.12:17). Satanás tem tentado se infiltrar no território da
Igreja Remanescente de DEUS, e por fim ele conseguirá algum sucesso.
Edom, Moabe e Amon, embora fossem parentes dos
Israelitas, eram ao mesmo tempo seus inimigos. Desde que aqui na profecia
DEUS está falando que um grupo deles escapará das mãos do papado, isto
significa que as primícias dos filhos de Amon, Edom e Moabe representam aqui,
todos os filhos sinceros de DEUS, presentes em todas as denominações e igrejas,
que constituem Babilônia, mas que escaparão do poder Papal (Apoc. 18:4);
responderão ao Alto Clamor e obedecerão a DEUS.
Verso 42: O antigo arrogante Egito agora
representa o mundo para onde queriam retornar os israelitas, e que recebeu as
10 pragas, até arruinar; assim o mundo receberá as 7 pragas de sua ruína total,
e as terras do mundo, dominado pelo decreto dominical via EUA.
Verso 43: Por sua astúcia, a ICAR levará a
Globalização à falência, crise sem precedentes, pois controlará a
Globalização pelo decreto dominical, uma lei econômica que tira do povo
de DEUS o direito de negociar, pelo que DEUS também retira Suas bênçãos dos negócios
do mundo. Os líbios simbolizam o terceiro mundo e os etíopes os lugares de
riqueza (assim foi nos tempos antigos).
Antigamente os Líbios e os Etíopes eram irmãos de
sangue dos Egípcios. Os três países foram colonizados pelos descendentes
de Cão. Egito, Líbia e Etiópia, geralmente, estavam unidos na batalha
contra o Rei do Norte (Jer. 46:2,9). Como Babilônia antiga venceu esses
três poderes, assim também a grande Babilônia, o Papado, vencerá as forças
confederadas do ateísmo. A profecia prevê que o mundo todo estará coberto
com um manto de religiosidade e se submeterá ao poder de um líder religioso
mundial, o papado. Com o mundo todo sob o seu poder, parecerá que o
papado estará pronto para mais um milênio de reinado em ‘paz e segurança’, de
soberania absoluta, como foi na Idade Média.
Verso 44: Os rumores são a Chuva Serôdia e
a pregação do Alto Clamor; isso levará a ICAR à fúria da tríplice aliança para
o Armagedom: perseguir implacavelmente e emitir um decreto de morte contra o
povo de DEUS.
Não parece estranho que o Rei do Norte trema com os
“rumores do oriente e do norte? Ora, se ele fosse o verdadeiro Rei do Norte,
não deveria tremer diante dos rumores do norte. Norte frequentemente é
associado com um poder inimigo (Isa. 41:25; Jer. 4:6). Assim como o
exército de Ciro veio do norte contra Babilônia (Isa. 41:25), assim também
CRISTO, com o exército do DEUS vivo virá do norte no conflito final com o
“homem do pecado”. Os “rumores do oriente e do norte” é uma referência à
proclamação do Alto Clamor e a proximidade da vinda majestosa Daquele que é o
verdadeiro e indestrutível Rei do Norte, JESUS (Meditação Matinal, 1977, 285).
Verso 45: As tendas palacianas entre os
mares, ou, entre os povos, são de campanha de guerra, com o decreto dominical,
perseguição, Armagedom e decreto de morte. Estão armadas no meio dos povos, ou
entre o povo ímpio e o povo de DEUS, contra o monte santo, a igreja de CRISTO,
mas na sétima praga vem o seu fim, sem ninguém para a socorrer; é a queda de
Babilônia, o Rei do Norte.
A história vai se repetir. O papado será
derrubado pelos mesmos que o elegeram como líder mundial. Assim como em
1798 o papado caiu porque lhe faltou o apoio civil, novamente ele vai cair
quando os mesmos dez poderes (Apoc. 17:12-13, hoje a Globalização, isto é, o
mundo inteiro) que o sustentaram durante o seu último reinado (Apoc. 13:5),
retirarem esse apoio. As visões dadas a Daniel, a João no Apocalipse, e a
Ellen G. White, no livro O Grande Conflito, estão falando dos mesmos assuntos, a
Vitória Final de JESUS. Ora Vem Senhor JESUS! Aleluia!
O Rei do Norte ainda está tentando tomar o lugar de
DEUS na história humana. Ele imita os atos de salvação de DEUS e a obra do povo
de DEUS, mas, na realidade, luta contra ele. No final os povos o abandonam e ninguém
vem ajudá-lo, e é derrotado pelo Senhor.
- Resumo e aplicação – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
- Tema transversal
O capítulo 11 de Daniel traça a história desde o
Império Medo-Persa até o final, os últimos dias. Relata a história do Rei do
Norte e do Rei do Sul. O Rei do Norte representa a falsa adoração, o Rei do
Sul, o ateísmo, crendo apenas em sua própria filosofia e idolatria, dependendo
da época.
O Rei do Norte na realidade começou bem antes do
Império Medo-Persa. Começou com Lúcifer junto ao trono celeste, o verdadeiro
Rei do Norte, querendo ser adorado como DEUS. Daí que ele lançou mão de falsas
acusações e falsas ideias querendo enganar os anjos para trazê-los à sua causa.
Ele voltou-se contra a lei de DEUS, especialmente contra o sábado, que liga ao
Criador. Ele é o enganador, característica típica do falso Rei do Norte.
Depois o Rei do Norte passou pelos antediluvianos e
Ninrode, que se levantou contra DEUS por meio do orgulho da Torre de Babel.
Depois veio o primeiro Império Babilônico que foi criado por Hammurabi na baixa
Mesopotâmia que liderou a Babilônia, controlando o maior Império de Ur. Era a
dinastia dos amorreus, que terminou no século XVI a.C. Daí veio o segundo
Império Babilônico de Nabopolassar, cujo filho Nabucodonosor lhe deu grande
poder e importância. Seguiu-se, como sabemos a Medo-Pérsia, a Grécia, e com a
divisão deste império é que surgiram as expressões Rei do Norte e Rei do Sul,
porque um ficava ao norte de Israel e outro ao sul. Daí seguiu-se o Império Romano
civil e depois o Império Romano místico, a Igreja Católica Apostólica Romana,
até hoje. Sobre o tamanho da semana, a ICAR afirma que o Domingo é o primeiro
dia da semana, mas também o oitavo dia espiritual simbolizando o mundo criado
após a Ressurreição de JESUS.
O Rei do Sul iniciou com o Egito e sua idolatria
que não admitia outro deus senão os seus ídolos inúteis. Perto do final dos
1260 anos, tornou-se na Revolução Francesa, ateia, que criou um novo
calendário, diferente do calendário gregoriano e quis mudar o tamanho da semana
para uma de 10 dias, chamados decênios. A marcação do tempo dentro de um dia
também foi alterada com o estabelecimento do dia de 10 horas, contando cada
hora com 100 minutos e cada minuto com 100 segundos. O Egito antigo também teve
semana de 10 dias. Mais uma vez se cumpre Daniel 7:25. Mas nada disso perdurou.
Por fim se levantou a materialista URSS, União das
Republicas Socialistas Soviéticas, que se voltou contra todo DEUS. Essa também
passou para nunca mais se levantar, a profecia não dá mais lugar a ela. Na URSS
o ano era dividido em 12 meses, cada mês com seis semanas de 5 dias (360 dias),
não contendo sábado nem domingo. De modo a equacionar com a evolução tropical
do Sol, eram adicionados mais 5 dias extras (Feriados Nacionais) a fim de
completar os 365 dias. Sobre a semana, existiram e existem várias, desde 3 dias
a 13, ainda sobre a mudança dos tempos (calendários). Esse sistema já caiu,
conforme Daniel 11:40 e quem alimenta esperanças nessa ideologia de esquerda vai
se decepcionar pois as iniciativas de retorno não passarão de fracassos.
Agora temos pela frente a guerra do Rei do Norte, a
ICAR, contra a terra gloriosa, o povo de DEUS. Por fim, depois das pragas (como
foi contra o Egito), JESUS retorna.
- Aplicação contextual e problematização
Temos Daniel como exemplo, de como ele
permanecermos firmes ao lado do DEUS Criador, verdadeiro e poderoso, que cria e
dirige tudo por amor.
- Informe profético de fatos recentes
Igreja terá que devolver doação de quase R$ 20 mil
após promessa de “milagre” para casal – Decisão judicial veio de
desembargadores da 4ª Câmara Cível de Mato Grosso do Sul. Leia a matéria.
- Comentário de Ellen G. White
“O Senhor proveu a Sua Igreja de capacidade e
bênçãos, para que apresentasse ao mundo uma imagem de Sua própria suficiência,
e Nele se completasse, como uma contínua representação de outro mundo, eterno,
onde há leis mais elevadas que as terrestres. Sua Igreja deve ser um templo
construído segundo a semelhança divina, e o anjo arquiteto trouxe do Céu a sua
vara de ouro para medir, a fim de que cada pedra seja lavrada e ajustada pela
medida divina, e polida para brilhar como um emblema do Céu irradiando em todas
as direções os refulgentes e luminosos raios do Sol da Justiça. A Igreja há de ser
alimentada com o maná do Céu e guardada unicamente sob a proteção de Sua graça.
Vestida com a completa armadura de luz e justiça ela entra em seu conflito
final. A escória, material imprestável, será consumida, e a influência da
verdade testifica ao mundo de seu caráter santificador e enobrecedor”
(Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, 17-18).
- Conclusão
Estudando o livro de Daniel, podemos concluir que
estamos no final do tempo do fim. A qualquer momento se iniciará, rapidamente,
estrondosamente, o conflito final. Quando os Estados Unidos da América emitirem
o decreto dominical, podemos saber que veio a grande crise final, iniciou o
alto clamor, começou a última perseguição e logo virão as pragas e estamos
muito próximos do dia da segunda vinda de CRISTO.