Objetivo deste sermão:
Mostrar as características de um mensageiro de Deus.
Verdade central:
Um mensageiro de Deus
Texto da Bíblia:
1 Reis 13
Introdução
O sermão descreve a obra, a mensagem e o envolvimento do
mensageiro de Deus com as pessoas, com a mensagem que ele leva e com o próprio
Deus.
Contexto:
Após a morte de Salomão, seu filho Roboão assumiu seu lugar (1Rs 12:1). No dia da festa de coroação, os representantes
das tribos foram pedir que ele diminuísse os impostos que seu pai havia
introduzido. Roboão não atendeu ao pedido deles e, ainda, os ameaçou com mais
dureza e mais impostos (1Rs 12:14, 15). Essa
decisão motivou uma revolta das 10 tribos do Norte e, consequentemente, a
separação da tribo de Judá. Imediatamente elegeram e coroaram Jeroboão, filho
de Nebate, como o novo rei da recém-criada dinastia do reino do Norte. O
reinado de Jeroboão começou no ano 930 a.C., e durou 22 anos em Israel. Receoso
de perder o controle sobre as tribos e movido pela conveniência política, esse
rei construiu dois pólos de culto, adoração e sacrifícios – um em Dã, no norte,
e outro em Betel, no sul. Quando você dá um passo na direção errada, ou retorna
ou vai cada vez mais distante do alvo que deseja alcançar. Foi exatamente isso
que aconteceu.
- Jeroboão edificou dois lugares de culto. Mas Deus havia
designado o templo em Jerusalém como o lugar de culto (Note
o primeiro passo na direção errada).
- Nesses lugares de culto, ele colocou bezerros de ouro, uma
forma de atrair o povo (1Rs 12:28; mais um passo na
direção da idolatria e afastamento de Deus).
-Para os sacrifícios, ele precisava de sacerdotes. Mas estes
se recusaram a oficiar à margem do verdadeiro culto no templo em Jerusalém (2Cr 11:13-16) Ellen White diz: “O rei havia
procurado persuadir os levitas, alguns dos quais estavam vivendo em seus
domínios, a servir como sacerdotes nos altares recém-erguidos em Betel e Dã;
mas, nessa tentativa, ele foi ao encontro do fracasso” (Profetas e Reis, p. 101. Mais um passo na direção
errada).
- Tendo fracassado em convencer os sacerdotes, ele elegeu
sacerdotes dentre o povo comum, e sem condições morais para exercer o ofício
sagrado (1Rs 12:31; Mais um passo...).
-O rei Jeroboão em pessoa se atreveu a oficiar como
sacerdote, queimando incenso sobre o novo altar de Betel (Mais um passo para a derrocada final).
- A história de hoje começa aqui. Enquanto Jeroboão, com sua
comitiva real, se dirigia a Betel para esse sacrifício proibido, Deus enviou um
mensageiro, partindo de Judá, para se encontrar com o rei no exato momento dos
sacrifícios. Quando o rei atrevidamente iniciava o processo, a voz do homem de
Deus quebrou o silêncio, e todos ouviram sua voz firme ecoar naquele momento: “Altar,
altar! Assim diz o Senhor: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome
será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que sobre ti
queimam incenso, e ossos de homens se queimarão sobre ti” (1Rs 13:2).
I. O Mensageiro de Deus tinha uma mensagem vinda de Deus
Note como o texto sagrado é claro. “Por ordem do
Senhor, veio um mensageiro de Judá a Betel...” (1Rs
13:1). A mensagem de Deus era a verdade presente para aquele momento. O
Senhor estava DESAPROVANDO a atitude do rei, o culto e a idolatria. Além da
desaprovação, Deus estava profetizando um juízo vindouro sobre todos os
envolvidos nesse processo (1Rs 13:2). A
reação do rei foi imediata. Ele mandou prender o profeta, o mensageiro de Deus (v. 4). Mas sua mão ficou seca e paralisada. Para
mostrar que sua mensagem era divina, o homem de Deus deu um sinal. Ele disse: “O
altar se fenderá e as cinzas se derramarão”... “e isso aconteceu na presença de
todos” (v. 3, 5) Com estes
esclarecimentos, nesta ordem, chegamos às seguintes conclusões:
- A mensagem que o homem de Deus trouxe era a Palavra de
Deus (1Rs 13:1).
- A mensagem dele foi específica (1Rs
13:1, 2).
- Disse o que aconteceria no momento – O altar se fenderia e
as cinzas se derramariam.
- Profetizou o que aconteceria no futuro, depois de 300
anos.
- Mencionou até o nome do rei que seria o reformador –
Josias.
Diante deste quadro apresentado, tiramos as seguintes
lições:
- Nossa mensagem deve ser específica.
- Não devemos pregar sermões duvidosos, não devemos pregar
sermões dúbios nem mensagens humanas.
- A mensagem deve ser clara, concisa e específica. Leve a
mensagem a todos. Ricos e pobres, cultos e iletrados. Não faça adaptações da
mensagem para agradar o rei ou o grande.
- O quadro do grande conflito estava diante de todos naquele
momento. Tenha este quadro diante de você ao falar de Jesus as pessoas.
II. O mensageiro de Deus não é uma pessoa vingativa – Ele não revida
Ao estender o braço e ordenar a prisão do homem de Deus, o
rei estava usando sua autoridade humana para desafiar a autoridade divina. O
ato de estender o braço está relacionado com a autoridade. Mas, ao ver seu
braço ressecado, o rei em desespero PEDIU ao homem de Deus que orasse ao Senhor
pela recuperação de seu braço. O homem de Deus orou, e o braço do rei foi
curado na mesma hora (v. 6).
Conclusões:
- Embora o rei fosse seu inimigo, quisesse prendê-lo e
talvez até matá-lo, quando precisou dele, o homem de Deus orou por seu inimigo.
Que belo exemplo! (1Rs 13:6, 7.)
- Você vai lidar com pessoas que não gostam de você. Tendo
oportunidade, trate-as bem, não deixe apagar a chama do amor cristão, ore por
elas, jamais seja vingativo.
III. O mensageiro de Deus não se vende (1Rs 13:7-10)
Tendo sido curado, o rei Jeroboão tomou uma atitude que
podia ter duplo sentido: convidou o homem de Deus a ir ao palácio com o fim de
presenteá-lo. Poderia ser um gesto de gratidão e poderia ser um ato de suborno.
Na vizinhança de Israel, os profetas eram empregados dos reis e profetizavam o
que estes desejavam ouvir. Mas, em Israel, os profetas eram livres. “Ainda
que me desses metade de tua casa, não iria contigo...”
- Não aceitou o presente do rei porque Deus disse:
“Não aceite!” Deus queria proteger Seu mensageiro. Em algumas de nossas
igrejas, pessoas estão comprometidas com o pecado, algumas têm vida dúbia e
comportamento inaceitável. Porém, presentearam seu líder, e este tornou-se
devedor. Está amarrado, está comprometido. Não estou me referindo a uma camisa
ou uma gravata que são dadas no fim de um programa especial, ou no aniversário
do líder ou no encerramento de uma semana de oração. Refiro-me a presentes,
favores e bajulações comprometedoras.
“O oferecimento de um presente coloca o doador em posição de
poder, e o receptor ‘deve’ algo ao doador.”
“Não aceitando a hospitalidade de Jeroboão, o homem de Deus
disse ‘não’ à mistura da adoração verdadeira
com a idolatria”.
“Mediante a lição prática de não comer nem beber e até
voltar para casa por um caminho diferente, o homem de Deus devia mostrar quão
revoltante era para Deus esse sistema de idolatria.“
- Ao recusar o oferecimento do rei, o profeta iniciou sua
jornada de volta.
IV. O mensageiro de Deus deve ser inflexível (1Rs 13:14-18; 20, 22, 24)
Ao chegar em casa, naquela tarde, os filhos de um velho
profeta, que haviam presenciado os acontecimentos daquele dia, narraram ao pai
com riqueza de detalhes os fatos inusitados. A ênfase dos filhos foi no que o
homem de Deus havia feito (v. 11). Tudo era
extraordinário. O velho perguntou aos filhos sobre o paradeiro do homem de
Deus. Estes indicaram a direção tomada, e o velho profeta tentou alcançar o
homem de Deus. Para sua surpresa, o homem de Deus estava deitado à sombra de
uma árvore. O velho profeta convidou o homem de Deus a voltar com ele. Mas o
homem de Deus declinou o convite com as mesmas palavras que dissera ao rei.
Entretanto, o velho mentiu e disse que um anjo de Deus o autorizara a voltar
com ele. E o homem de Deus creu na mentira e voltou. Comeu pão, bebeu água e
fez festa. Ao partir de volta, um leão o atacou e o matou. O interessante desse
episódio é que o burro estava pastando e o corpo não tinha sido devorado pelo
leão. Tudo indica que esse não foi um acontecimento natural. Foi algo anormal.
Você pode tirar as seguintes conclusões deste episódio:
- O velho profeta tinha uma mensagem diferente daquela dada
pelo Senhor ao homem de Deus.
- O velho profeta disse que um anjo falou com ele para
abalizar sua mensagem.
- O homem de Deus creu na palavra do velho profeta. Isso o
levou a descrer no que o Senhor dissera. Não se pode crer em duas mensagens
contraditórias.
- Deus não muda. Deus havia dado prova suficiente de que
estava com ele. Exemplo: O altar se fendera e a cinza caíra. Quando ele orou, a
mão do ímpio rei foi curada. Isto era a confirmação de que sua mensagem era do
Senhor. Haveria o Senhor mudado? E as provas?
- “Deus nunca desculpa a crença em uma mentira quando
a mentira está em direta oposição a um claro mandamento que Ele deu.”
Nota importante:
Diga sempre a verdade, mesmo que isto implique em perdas para você.
V. Consequências por não seguir o que o Senhor disse
Toda desobediência tem suas consequências. No caso do homem de
Deus, que teve morte trágica:
- Cuidado para não levar dúvidas à mente dos ouvintes. Se
nem mesmo você acredita no que pregou, como vai esperar que outros creiam? O
homem de Deus creu no velho profeta. Consequentemente, não creu no que ele
mesmo pregara momentos antes.
- A morte é o resultado final da desobediência (1Rs 13:24; compare com Rm 6:23).
- Persevere. O homem de Deus estava aproximadamente a dois
quilômetros da terra de Judá. Mas parou para descansar. Baixou a guarda e se
esqueceu da urgência de sua mensagem.
1 – É você um mensageiro de Deus?
2 – Que mensagem você está levando?
3 – Como é seu envolvimento com as pessoas que estão recebendo a
mensagem?
4 – Você tem sido fiel e obediente ao levar a mensagem de Deus?
Conclusão:
A palavra do Senhor permanece para sempre. Mesmo que o
mensageiro apostate ou se desvie. Se a mensagem é do Senhor, ela se cumprirá. A
infidelidade do mensageiro não invalida a mensagem que ele pregou, se esta era
a mensagem de Deus. O mensageiro do Senhor falhou, foi desobediente e morreu
como consequência de seus erros, mas a mensagem era do Senhor e se cumpriu. O
mensageiro de Deus não está imune aos juízos divinos caso se torne infiel.
Que Deus o ajude a dizer sim. Amém!
Nenhum comentário:
Postar um comentário