O que é
concerto?
Diz
o dicionário ser: Combinação, acordo. Concerto não é uma Lei, mas um pacto
normativo entre duas pessoas. Neste caso, com o povo de Deus, os cristãos. E a
norma ou base é a Lei Moral.
Se
Deus acabar com o objeto (norma/base) do Seu acordo, como saberá se a outra
parte (nós) está cumprindo o acordo?
Qual
legislador executará a sentença se não possuir uma lei reguladora?
Quando
Deus julgar o mundo (João 12:47, Atos
17:31), o fará através desta Lei (Tiago
2:12). Como faria, estando cancelada?
Por
conseguinte, o problema de II Coríntios
3 não é o cancelamento da Lei de Deus, porque o próprio Paulo diz que a fé
não anula a Lei (Romanos 3:31). Em
nenhuma hipótese ou circunstância a Lei Moral pode ser abolida, porque ela é
base, o fundamento do governo de Deus no presente e o será no futuro, para
todos os Seus súditos fiéis e leais.
“Ministério da
Morte” - (II Coríntios 3:7)
“Ministério da
Condenação” - (II Coríntios 3:9)
“Sem
derramamento de sangue, não há remissão de pecados” (Hebreus 9:22). Se alguém transgredisse a Lei Moral deveria morrer.
Todavia, o pecador poderia conseguir um substituto para assumir o seu lugar.
O
Velho Concerto foi estabelecido nesta base: “A alma que pecar, esta morrerá” (Ezequiel 18:20). A Lei realiza sua
função (ministério da condenação). Ao revelar o pecado, exige a morte do pecador
(ministério da morte).
Quando
pecava (transgredindo a Lei de Deus), o que, então, fazia o pecador? Adquiria
um cordeiro sem defeitos físicos e o levava ao sacerdote para ser morto pelo
seu pecado. Hoje a base (Lei Moral – único instrumento que revela o pecado)
continua a mesma, apenas, o sacrifício é melhor. O Cordeiro é Jesus, o
“Cordeiro que tira o pecado do mundo” (João
1:29).
“Letra que Mata”
– (II Coríntios 3:6)
A
função (ministério) da Lei era definida. Sua “letra que mata”, resultava
evidentemente em morte para os transgressores. Hoje, porém, a função
(ministério) da Lei continua, mas “baseada na justiça de Cristo através da ação
do Espírito Santo no coração do pecador, resulta em vida.”
Assim,
“o primeiro ministério foi letra mortal, por descumprimento por parte do povo.
O último, ‘Espírito que vivifica’, por ser Cristo que habilita o homem a
obedecer.” Em ambos os Concertos, nada sugere a abolição da Lei de Deus.
“Foi Abolido” –
(II Coríntios 3:14)
Quanto
ao que foi “abolido”, é claro, foi o Velho Concerto e não a Lei de Deus. O Novo
Concerto permanece, e a Lei Moral como sua eterna base, continua em vigor.
Enquanto houver o pecado, a Lei terá que existir. Ela é o mais perfeito
instrumento que Deus possui para revelar o pecado. Mas, indagará alguém:
Estaria Deus circunscrito a uma Lei para definir o pecado?
O que é pecado?
Você
pode dizer: beber, fumar, falar palavrão é pecado. Sim! Mas Deus em Sua suprema
sabedoria colocou todo o pecado, sob qualquer espécie, nome ou títulos, em Dez
Mandamentos. Por isso a melhor definição para o pecado é bíblica:
“Pecado
é transgressão da Lei de Deus.” (I João
3:4). Por isso, a Lei só perderá seu valor quando o pecado acabar.
”Em Glória” –
(II Coríntios 3:10)
O
Sinai foi envolvido em glória quando Deus proclamou a Lei. Porém, maior glória
viu a Terra quando Cristo desceu do Céu para “salvar o povo dos seus pecados” (Mateus 1:21). A glória de Jesus no
Sinai produziu reflexos no rosto de Moisés, que precisou cobri-lo com um véu.
Mas, a glória de Jesus em pessoa na Terra, visível e palpável entre os homens,
empalideceu a glória do Sinai.
Cristo
exaltou a Sua Lei (Isaías 42:21),
libertando-a da grande quantidade de tradições (39 classes de regulamentos
impostas pelos rabis), que levavam as pessoas a considerá-la fardo pesado. Ele
esclareceu-a, explicou-a, honrou-a e obedeceu-a. Jesus tornou-a muito mais
gloriosa. E quando pediu que orássemos para não transgredir o Sábado (Mateus 24:20), Jesus demonstrou, de
fato, ser uma Lei por demais gloriosa.
O
texto de II Coríntios 3, menciona
duas palavras que muitos cristãos sinceros aplicam à Lei de Deus,
equivocadamente. Ei-las:
Abolido
- Está claro que é o Velho Concerto.
Transitório
- Esta palavra não pode referir-se à Lei Moral. Por que:
1.
Paulo em nenhum lugar da Bíblia falou contra ela.
2.
Paulo, dezenas de vezes realça a santidade, legitimidade, utilidade e
necessidade dela.
3.
O Senhor Jesus mencionou cinco dos Dez Mandamentos dessa Lei, para o jovem
rico, dizendo-lhe da necessidade de observá-la, para entrar na vida eterna. (Mateus 19:16 a 19).
4.
Na Nova Terra (Isaías 66:22 e 23), o
Sábado será eternamente o Dia do Senhor.
5.
Deus não se contradiz.
6.
A grande maioria dos cristãos não admite o cancelamento de Nove Mandamentos
desta Lei, mas apenas um (4.º Mandamento).
7.
Deus não daria uma lei nas circunstâncias que fez, para depois dizer que foi
cancelada ou que só valeria para um povo, uma época ou ocasião.
8.
Na Lei, especificamente no quarto mandamento, está o selo de Deus, isto é: Seu
nome: “Senhor teu Deus”. Seu cargo ou posição: “Fez os Céus e a Terra”.
Território sobre que domina: “Os Céus e a Terra”. Abolindo a Lei de Deus, a
idolatria se generalizaria na proliferação de deuses.
O
texto de II Coríntios 3, apresenta
apenas a função da Lei. Paulo jamais poderia concluir pela ab-rogação dela
neste texto isolado, senão contraditaria dezenas de outros textos seus, que
exaltam a Lei de Deus. Portanto, transitório e fadado a extinção foi o Velho
Concerto que abrigava o Sistema Sacrifical.
Perceba este
detalhe:
II Coríntios
3:13
– “E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a face, para que os filhos
de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório.”
Por
que o véu era posto sobre o rosto de Moisés e não sobre as tábuas de pedra? Êxodo 34:33 “Assim que Moisés acabou de falar com eles, pôs um véu sobre o seu
rosto”.
A
Lei de Deus é fato consumado em toda a Bíblia, e confirmado por todos os
escritores bíblicos, inclusive o próprio Paulo.
Portanto,
isto não é forte argumento para se concluir que o que era transitório foi o
reflexo de glória que ficou na face de Moisés?
II Coríntios
3:14 e 15
- “… Porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do Velho Concerto
(nunca Velho Testamento), o qual por Cristo abolido; e até hoje, quando é lido
Moisés, o véu está posto sobre o coração deles.”
“Deles”
quem? – Paulo esta se referindo aos “judaizantes”.
Paulo
escreveu esta epístola em 52-54 d.C., nesta ocasião os judeus teimavam em
praticar o ritual (lei Cerimonial) que por Jesus foi abolido ao morrer no
Calvário. Somente no ano 70 com a destruição do Templo pelos romanos é que
cessou “definitivamente” o que fora transitório. Este texto de II Coríntios 3, jamais financia a
abolição de 39 livros da Bíblia, como afirma em seu livro, o pastor pentecostal
Antenor Santos de Oliveira. Nele Paulo realmente se refere à Lei Moral escrita
em tábuas de pedra, porque ela era, e é o único instrumento que Deus tem para
revelar o pecado. Paulo diz claramente que o que foi abolido é o Velho Concerto
e não o Velho Testamento.
Semelhanças
entre os dois concertos:
•
Ambos são chamados concertos.
•
Ambos foram ratificados com sangue.
•
Ambos foram feitos com base na Lei de Deus.
•
Ambos foram feitos com o povo de Deus.
•
Ambos foram estabelecidos sobre promessas.
“…
Moisés mesmo estava inconsciente da brilhante glória que irradiava da face, e
não sabia porque era que os filhos de Israel fugiam dele quando se lhes
aproximava. Chamou-os para junto de si, mas não ousavam olhar para aquela face
glorificada. Quando Moisés percebeu que o povo não lhes podia mirar o rosto,
por causa de sua glória, cobriu-o com o véu.
A
glória do rosto de Moisés era muitíssimo penosa para os filhos de Israel, por
motivo de sua transgressão da santa Lei de Deus. Isto é uma ilustração dos
sentimentos dos que violam a lei divina. Desejam remover dela sua luz
penetrante, que é um terror para o que a transgride, ao passo que para os leais
ela se afigura santa, justa e boa. “Apenas os que têm justa consideração para
com a Lei de Deus podem estimar devidamente a expiação de Cristo, tornada
necessária pela violação da Lei do Pai.” - Ellen G. White, Mensagens
Escolhidas, vol. 1, pág 232.
Os Verdadeiros
Obedientes Não Cairão
“Mas
quando o mundo anular a Lei de Deus, qual será o efeito sobre os que são verdadeiramente
obedientes e justos”? Serão levados pela forte corrente do mal? Porque tantos
se enfileiram sob a bandeira do príncipe das trevas, hão de os que guardam os
Mandamentos de Deus apartar-se de sua fidelidade? Nunca!
Nem
um dos que permanecem em Cristo falhará ou cairá. Seus seguidores curvar-se-ão
em obediência a uma autoridade superior à de qualquer potentado terrestre. Ao
passo que o desprezo lançado sobre os Mandamentos de Deus leva muitos a
suprimir a verdade e mostrar por ela menos reverência, os fiéis hão de com
maior zelo manter erguidas suas verdades distintivas. Não somos deixados a
nossa própria direção.
Jesus fala sobre
a lei.
Mateus 5:17-19 – “Não cuideis
que vim destruir a lei ou os profetas: não vim mudar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu
e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja
cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja,
e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele,
porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus”.
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